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USAIN BOLT

A lenda viva do atletismo

por Douglas Magno


Ele escreve a história como se brincasse. Com a alegria de uma criança, que encanta e arranca suspiros de milhares de pessoas, fez do Engenhão um templo sagrado do atletistmo, em uma noite de lua cheia que o tempo jamais esquecerá.

 

 

Nem mesmo uma lesão muscular, sofrida nas classificatórias jamaicanas, foi capaz de comprometer o rendimento do homem mais rápido do mundo.

Vencedor em Beijing e Londres, Bolt provou que o Raio, pode sim, cair mais de uma vez no mesmo lugar ao vencer os 100m, 200m, e 4x100m no Rio de Janeiro.

O primeiro ouro veio nos 100m rasos, a prova mais tradicional do atletismo, com a marca de 9,81s, a prata ficou com Justin Gatlin (USA) 9,89s e o bronze com Andre De Grasse (Canadá) 9,91s. Nos 200m, Bolt ganhou mais um ao completar em 19,78s, seguido por Andre De Grasse (Canadá) 20,02s e Christophe Lemaitre (França) 20,12s. E por fim, fechou com o 4x100m, onde finalizou o revezamento da equipe jamaicana com um tempo total de 37,27s, na frente do Japão 37,60s e Canadá 37,64s.

No final de sua última prova, o revezamento, o estádio foi a loucura, a torcida cantava: “Uh, tá maneiro! Usain Bolt é brasileiro!”, enquanto ele se ajoelhava, agradecia a Deus, beijava a pista, dava um soco no ar e seguia em frente.

O homem mais rápido do mundo fez o tempo parar, ele caminhava por onde sempre correu, não tinha mais pressa, era a sua despedida em Jogos Olímpicos.

 

 

São milhões de pessoas pelo mundo acompanhando os passos de Bolt pela TV, internet, jornais e revistas. E para levar essa emoção aos quatro cantos do mundo, centenas de profissionais (fotógrafos, cinegrafistas e jornalistas) disputam cada centímetro dos espaços destinados à imprensa no Engenhão.

Bolt completa os 100m em menos de 10 segundos, mas para garantir um bom local e conseguir boas imagens é preciso chegar ao estádio até 4 horas antes da prova principal. Além dos fotógrafos espalhados pela pista e tribunas, dezenas de câmeras remotas (câmeras disparadas por controle remoto) são posicionadas em pontos diversos do Engenhão.

 

 

Realizei a cobertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 para o Jornal O Tempo e Super Notícia, de Belo Horizonte MG, acompanhado dos repórteres: Daniel Ottoni, Josias Pereira e Thiago Nogueira.